sexta-feira, 12 de julho de 2013

Eu aprendi.

E você olha para o tempo como se ele sempre estivesse ali, mas ele não esteve.


Eu aprendi que os ponteiros do relógio não perdoam. O tempo passa ligeiramente, não importa com quem você esteja ou como você esteja. As pessoas entram e saem da sua vida numa velocidade absurda. E você tem que se acostumar com isso.
Eu aprendi que temos de se adaptar com o ritmo das coisas. Adotar um estilo de vida que condiz com a vida que você quer levar. Com as pessoas que quer ter perto. Que quer. Perto.
Eu aprendi que a gente tem que encontrar uma forma (menos dolorosa) de encarar as nossas crises, as nossas perdas, os desalinhos que cruzam a nossa estrada. E seguir. Sem culpa. Sem tristeza. Sem pena de si mesmo.
Eu aprendi que por mais que você ame muito alguém, essa pessoa vai se encarregar de te decepcionar algum dia. Algum mês. Por toda a vida.
Eu aprendi que as melhores respostas estão dentro de mim. Quando eu ouço atentamente o meu coração, eu consigo entender com mais clareza o que me aflige, o que me desmancha em sorrisos, o que me sensibiliza em afetos.
Eu aprendi mais sobre mim depois que me afastei de você. Depois que aprendi a sentir, por mim  mesma. A gostar por mim mesma. A ser por mim. Eu fui me descobrindo dia após dia. Sentimento após sentimento. Música após música. E eu fui me orgulhando tanto com a pessoa que o tempo foi criando. 
Eu aprendi que os valores, levados para o resto da vida, são ensinados ainda na infância.

Eu aprendi que as pessoas que você mais ama, são tomadas de você muito depressa. Antes mesmo da hora de você entender o que é perder alguém. E ter que seguir a vida mesmo assim.
Eu aprendi que erros passados não justificam erros futuros. Que se você errar no mesmo quesito duas, três, cinco vezes que for, o problema não está na sua falta de sorte, mas nas escolhas que você está fazendo. Nos sentimentos que você está envolvendo. Nas pessoas que você está dando o valor que não merecem.

Eu aprendi que dançar sem parar uma noite inteira, me deixa mais leve. Mais dona de mim. Mais segura para enfrentar a aspereza do mundo.

Eu aprendi que um abraço pode ter a mesma função de uma terapia. De dois em um mesmo sentir.

Eu aprendo tanto todos os dias. E não quero nunca me deixar de aprender.

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