sábado, 20 de abril de 2013


Como pode um dia se arrastar tanto? As horas parecem brincar de tiquetaquear, porém não passa disso. Meus olhos caem involuntários de tempos em tempos no relógio da parede, preciso até disfarçar. Hoje, demorei a acordar, na verdade para sair da cama, fico apertando o botão soneca umas mil vezes, como se fosse possível acordar a prazo. Que triste este troço, de ainda ser terça-feira e se desejar que já fosse sexta. Tá tão frio lá fora, talvez fosse melhor ficar aqui, penso me enfiando debaixo das cobertas. Acabo levantando, cedendo, me entregando à rotina mais uma vez.
Como faz falta ter o seu abraço para se esconder depois de um dia chato. Todo o estresse do trabalho, o toque do telefone que eu escuto mesmo fora do escritório, tudo isso se dissolve nos seus braços. Ontem, eu fantasiei que você não estava tão longe, que não existiam esses tantos quilômetros me separando do seu sorriso. Peguei-me te procurando no intervalo da faculdade, às vezes eu acreditava ter te visto aqui ou ali. Não ria, não fiquei louca, ainda há bastante sanidade por aqui. Contudo o coração está mais tranquilo. Uma leve dor de cabeça. Esse é o resumo do  segundo dia sem você.

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