Como pode um
dia se arrastar tanto? As horas parecem brincar de tiquetaquear, porém não
passa disso. Meus olhos caem involuntários de tempos em tempos no relógio da
parede, preciso até disfarçar. Hoje, demorei a acordar, na verdade para sair da
cama, fico apertando o botão soneca umas mil vezes, como se fosse possível
acordar a prazo. Que triste este troço, de ainda ser terça-feira e se desejar
que já fosse sexta. Tá tão frio lá fora, talvez fosse melhor ficar aqui, penso
me enfiando debaixo das cobertas. Acabo levantando, cedendo, me entregando à
rotina mais uma vez.
Como faz falta ter
o seu abraço para se esconder depois de um dia chato. Todo o estresse do
trabalho,
o toque do telefone que eu escuto mesmo fora do escritório, tudo isso
se dissolve nos seus braços. Ontem, eu fantasiei que você não estava tão
longe,
que não existiam esses tantos quilômetros me separando do seu sorriso.
Peguei-me
te procurando no intervalo da faculdade, às vezes eu acreditava ter te
visto
aqui ou ali. Não ria, não fiquei louca, ainda há bastante sanidade por
aqui. Contudo o coração está mais tranquilo. Uma leve dor de cabeça.
Esse é o resumo do segundo dia sem você.
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