"(...) O tempo deles não passava: eram tão presentes e, ao mesmo tempo, tão esporádicos. Sabiam que não importava quantos anos se passassem, quantas pessoas por eles passassem, nada ia mudar. Sabiam que, tão simples e tão complicado, gostar de alguém, gostar de verdade de alguém é como jogar um bumerangue. Se você lançar com força, ele vai para longe e demora a voltar. Mas, aí, ele faz uma curva e, com a mesma intensidade que foi, retorna.
Afinal, era sempre nele que ela pensava nas aulas chatas. Era sempre ele que se tornava assunto nas conversas com as amigas. E era sempre para ela que ele enviava mensagens no horário de trabalho. Era sempre ela quem atendia suas ligações embriagadas nas madrugadas da vida.
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