"Nunca esqueci a experiência de quando alguém
botou a mão no meu ombro de criança e disse:
- Fica quietinha um momento só, escuta a chuva chegando.
E ela chegou: intensa e lenta, tornando tudo singularmente novo.
A quietude pode ser como essa chuva:
nela a gente se refaz para voltar mais inteiro
ao convívio, às tantas frases, às tarefas, aos amores.
Então, por favor, dêem isto: um pouco de silêncio bom
para que eu escute o vento nas folhas, a chuva nas lajes,
e tudo o que fala muito para além das palavras
de todos os textos e da música de todos os sentimentos."
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